Com senso, consensos ou bom senso democrático
Perdões de dívida(s) |
Presidente e primeiros ministros (que são dois...), constantemente a pedirem consensos alargados.
Sem uma única réstia de vontade de discutir um pós troika.
Portas inaugurou um relógio, Coelho deixa a decisão nas mãos da Alemanha (o que mais lucra com a nossa falência e obediência cega) e Cavaco fala em cautelar a prazo de 20 anos (no mínimo).
A troika tornou-se a desculpa ideal para a direita fazer tábua rasa de direitos, constituição e pasme-se da própria democracia, senão vejamos:
Juntam-se 70 almas e redigem um manifesto apelando à renegociação da dívida, personalidades da esquerda à direita, que de forma transversal reconhecem que é necessário pensar o pós troika...
Ou pelo menos discuti-lo, como seria de esperar numa democracia.
Com gente como Bagão Felix, Manuela Ferreira Leite, Sampaio da Nóvoa, Boaventura Sousa Santos e Francisco Louçã.
Obviamente que o PS aproveitará este consenso na oposição, mas ainda assim, poderemos nos dar ao luxo de perder esta oportunidade de discutir o assunto na praça pública?
Qualquer ser mortal, vivente em Portugal já percebeu que depois de pedirmos um empréstimo milionário para fazer face a uma suposta falência de banqueiros, grande parte do tecido económico e produtivo foi desmantelado numa perseguição fiscal sem tréguas.
Por conseguinte o país está mais endividado e menos capaz de dar a volta a esta situação, desprovido de poder monetário ou cambial, falta apenas alguém assumir claramente o colonato alemão em que nos tornámos.
Depois há as figuras dúplices, como Balsemão, que afirma que "renegociar a dívida pode ser considerado pelos credores como boa prática de gestão", algo com o qual eu concordo.
Mas depois de pejar o governo do Coelho de Bilderbergs, Aguiar Branco, Carlos Moedas, Jorge Moreira da Silva e Paulo Portas... Faz o favor de colocar os cães de fila a controlar a opinião pública, como aqui no expresso.
Entretanto surgem outras figuras menores (mas que se acham maiores...) rosnando a quem se atreve a ousar cair fora do pensamento único governamental, que é o caso do Camelo Lourenço, um amanuense da Cofina.
E finalmente, o rei da república das bananas, Cavaco, aquele que mais apelou ao consenso, que afirmou a insustentabilidade da dívida nos 90% e que agora nos 130%, assina a exoneração de dois conselheiros que assinaram o manifesto dos 70
Haja bom senso democrático para discutir questões que são do futuro de todos os portugueses, porque consensos com lacaios alemães, dificilmente nos levará a bom porto.
É natural que com senso e bom senso democrático se cheguem a consensos.
P.S- Como sempre o Coelho defende os "mercados"...Pouco dados a democracias!
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