Diamantes na rocha oca
Foi nas rochas ocas de sal, que escavei, sem querer
Guiado pelas circunstâncias de uma viagem subterrânea
Até ao fundo das entranhas da montanha...
Nada procurava ou esperava, sem me aperceber sequer
Que o diamante estaria já na minha mão
E na extremidade do cinzel, empurrado pelo malho...
Burilava rocha, burilava sal
O diamante na minha mão sulcava de branco
A inamovível rocha, perene e imortal
Deixei ali a minha marca, mas o diamante permaneceu comigo
Deixei a rocha e o sal
Para todos aqueles que tal como eu precisem de tal lição
Sobre subterrâneos, rochas, sais e diamantes
Desenterrado das profundezas da montanha com o auxílio de um comboio minusculo
Voltei a ver os raios de sol, a ouvir o correr da água
E a sentir a liberdade, com a brisa fresca na face e os sons da natureza...
E ali fiquei, contemplando maravilhas... Sabendo que o diamante estava na minha mão!
Sempre estivera...
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