Efeitos práticos da austeridade no mundo real


Faz-se muito alarido em torno da austeridade, palavra que se tornou odiosa e insuportável...
Na prática, não é mais do que o assalto ao contribuinte honesto, quando na verdade significa ( no meu modesto entender...), a boa gestão do erário público pelos representantes eleitos para o administrar.
Mas por algum motivo obscuro, nos últimos anos tem confundido insistentemente o termo "administrar devidamente", com "apropriar-se indevidamente".
O Estado somos todos nós, o governo, não mais que meia dúzia de empregados em quem depositámos a nossa confiança, mediante uma proposta prévia designada de programa eleitoral.
Essa meia dúzia de empregados, presta contas a duas centenas e trocos de outros empregados, organizados em semi circulo.
Elegemos também mais um "empregado multipensionista" para nos representar... Esse confesso, que ainda não consegui descortinar qual a sua função exacta...
Mas foi o que conseguimos arranjar de mais parecido com um rei.
Se este sistema de coisas, não está a funcionar, por evidente falta de transparência e honestidade, quer nas propostas, quer nas medidas, então a solução é simples, arrume-se a casa.

O OE 2013, é um documento totalmente infrutífero e que cavará mais fundo a sepultura deste governo, deste regime e do PSD (e CDS...) por largos anos vindouros, apesar do PS, não ser isento de culpas.

O desemprego está perto dos 20%, todos os empregos criados pelos subsídios europeus e pela alavancagem do crédito cessaram, logo IRS 2012 é ZERO, de pouco vale as baldrocas com os escalões.

Aumentos de IVA "à la Fangio" para 23%, afastam as pessoas de grandes superfícies de consumo, de restaurantes, de entertenimento e outras mecas do consumo...
Fazem-se passeios ao ar livre, cultiva-se comida (as hortas improvisadas surgem em todo o lado, desde paletes, a garrafões de PET, baldios e afins), alinha-se nos espectáculos gratuitos e nas festas populares.

Passa-se mais tempo com família e amigos.

Combustíveis, Scut´s, imposto de circulação e horas intermináveis no trânsito?
Naaahhhhh, encosta-se o carro e vai-se de bicicleta ou a pé...
Os transportes públicos são caros ou estão em greve.
Não se vai...
Se gastas mais para ir trabalhar do que o salário que recebes...
Começas a trabalhar para ti e a produzir algo de físico e concreto no mundo real, lugar onde nem os mercados ou o Gaspar conseguem cheirar e muito longe dos olhares do confisco.
Se as pessoas começarem a comercializar produtos, efectuando pagamentos em dinheiro real, lá se vão as taxas dos bancos, os depósitos e os créditos...
Cresce o monstro da economia paralela (que não é paralela, é REAL!)

Se o tabaco aumentar 50%, cultiva-se e pronto, não há problema.
Melhor ainda, deixa-se de fumar...

Claro que algumas destas medidas, são mais difíceis de implementar nas grandes cidades, mas as reformas do grande império eurostate, não tiveram muito sucesso em solo luso ao longo dos últimos 25 anos, muito graças à insistência absurda da centralização em Lisboa.
(Que agora se vem a revelar uma benesse disfarçada...)
Há portanto, muita gente em Portugal que vive, nas condições em que se vivia em meados do século XX, sem grandes luxos e numa perspectiva verdadeiramente sustentável.
Portanto, o governo está a ser a maior vítima do seu próprio remédio, descredibilizando-se insistentemente em favor de uma banca mundial, que os deixará cair à primeira oportunidade e rapidamente tentará trocar os fantoches.
A banca mundial que administra as receitas e mezinhas que bem entende, através destes bandos de lacaios, fomentando um ódio generalizado até que sejam depostos e o povo ambicione a grande federação europeísta Alemã de líderes não eleitos.
Por aqui não cola, esta Europa de tanga fascista.
Onde somos inibidos de produzir e prosperar por pessoas que imprimem papeis coloridos, sem absolutamente nenhum valor a não ser o que os próprios lhe atribuem e ao qual fazem questão de variar com frequência... E que apenas parasitam o alheio.

Se o governo fica, não consegue encaixar mais (Como já se viu este ano) e pede a 2ª ajuda
Se o governo quebra a coligação, vem a 2ª ajuda e a culpa é do Portas e do CDS
Se o governo cai, vem a 2ª ajuda e a culpa é de quem o fez cair (coisa que ninguém quer, sobretudo Cavaco, que se quer perfilar como salvador de Portugal, quando é apenas o regresso a um cinzentismo facho que dispenso...)

Entretanto a troika já percebeu que o elástico está a partir em Portugal, tal como em Espanha, rumo a uma potencial Grécia...
O primeiro país que exigir a saída do eurostate e bater com a porta, abre um precedente demolidor.

E ninguém quer que isso aconteça, porque a evolução corre no sentido da integração, mas a integração nunca pode ser forçada, caso contrário não resulta como já vimos no passado.
Foi o ódio aos bancos, que levou o senhor do bigodinho ridículo ao poder na década de 30...
Não obrigado!

Há que refundar Portugal, o regime político, o sistema económico bancário tornou-se devastador e persecutório, reformular a representatividade, destrinçar o útil do acessório e perceber qual parte dos impostos vão para serviços sociais, como saúde, educação e protecção social (precisamente onde são feitos os cortes da despesa que favorecem os acarinhados privados, mas em pegajoso conluio), enquanto encarreiram o erário para a banca e os BPN´s desta vida.

O 4º poder dos media dá voz aos do costume, aqueles que nos trouxeram aqui, ultimamente com especial relevância a representantes de Bilderberg, maçonaria, Opus Dei, JP Morgan, Goldman Sachs, FMI, BCE, FED, MEE e todas as instituições de controlo de recursos ao serviço dos Rothschilds e das 13 famílias que controlam tudo, aglutinadoras de massas, que escravizaram por completo a humanidade.

P.S- Escrevo assim, porque nunca vivi acima das minhas possibilidades.
Actualmente sem rendimentos de qualquer espécie, prestações sociais, emprego ou salário, no meu próprio país.
Talvez por isso não me compadeça com o prémio Nobel da Paz para a UE enquanto me rio de todos aqueles que defendem a amputação de um braço enquanto o outro cai juntamente com a perna.

No mundo real, a necessidade aguça o engenho... 
Nessa realidade não são necessários governos nem legítimos representantes.
Bastam pessoas.



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