Bons negócios ficam em casa... De Cavaco
How to live with two brains inside your head? |
Há que respeitar as duas metades do cérebro, que além de viverem dentro da mesma cabeça...
São manifestamente indivisíveis, entre si, os hemisférios ligados por incontáveis pontes sinápticas e o insondável corpo caloso.
Sob pena da sua separação, provocar a morte física do individuo...
(Mas haverá outras "mortes" perguntar-se à o leitor? Claro que sim...)
Significa portanto que, a mais pequena coisa que façamos no nosso quotidiano, estes dois hemisférios degladiam-se por uma solução...
E contribuem para a mesma, mas em que percentagem...!?
Sabendo de antemão, que na melhor das hipóteses, utilizamos apenas 10% do enormíssimo e inimaginável potencial do cérebro.
Qual o input de cada um dos hemisférios nas decisões?
Estaremos nós truncados pela sociedade e tudo o que nos rodeia, à previsibilidade e "cinzentismo" do hemisfério esquerdo?
Não é possível viver truncado no hemisfério esquerdo... As pontes sinápticas não o permitem!
É a zona "máquina cerebral"...A perfidez da lógica, dos dogmas e da realidade percepcionada.
Mas não explica a criatividade usada pela engenharia financeira, ao transformar um simples roubo global, numa realidade lógico matemática a que chamam economia...
Esta dualidade está presente em tudo o que nos rodeia.
Por exemplo:
Hoje Luís Montez (a título individual) adquiriu o Pavilhão Atlântico, no Parque das Nações em Lisboa... Em consórcio, com a Ritmos e Blues (Promotora do Rock in Rio) e a anterior gestão do espaço (AEG).
Luís Montez é sócio na empresa Música no Coração (que organiza festivais como o Sudoeste), e também genro de Cavaco Silva, o nosso excelso presidente...
Aquele cujos amigos do Cavaquistão, parasitam a nossa economia de forma quase permanente e ininterrupta durante os últimos 30 anos...
O mesmo Luis Montez, que renegociou a sua divida ao BPN, quando este foi nacionalizado...
Chamado a pagar 260 mil euros na altura, surge agora com mais de 20 milhões!
Ora se por um lado o entretenimento, tem manifestamente conotação com o lado direito do cérebro e por conseguinte o mais criativo.
Não posso deixar de notar que o argumento dado como "lógico" foi a proposta de continuidade e a minha capacidade analítica diz-me que Luís Montez não tinha dinheiro para "mandar cantar um cego"...
Assim um espaço público, que andaremos a pagar por largos anos vindouros, será entregue aos seus maiores exploradores e ao genro do presidente da dita republica (das bananas)...
Que não tem dinheiro, mas conhece gente que o dá... À nossa conta!
É oficial!
Está criado o monopólio dos espectáculos e festivais em Portugal!
Porra! Se isto não é criatividade, é o quê?
Intuição...
Fazer o gosto ao bolso...
Juntar a fome com a vontade de comer...
Não, nada disso...
É apenas a "lógica" de continuidade, que tão bons resultados nos tem trazido ao longo dos anos sob a égide da esfinge Cavaco.
Nuno Brancaamp dixit: "É uma garantia de continuidade"
... E pergunto eu?
Vai continuar por muito mais tempo esta apropriação ilegal do acervo público do País?
Não me está a apetecer este rumo "natural" de coisas...
Vão dar banho ao cão, ou música a outro, como preferirem...!
O estado está a tentar convencer-nos que recebeu 21 milhões de euros de um "genro teso" que pediu a um banco que faliu, que foi nacionalizado e reprivatizado e sempre tudo à nossa conta.
Já para não falar no preço que pagamos (ainda) pela Expo e respectivo pavilhão...
A própria ministra Assunção Cristas admite que: "o espaço do Pavilhão Atlântico é sustentável, mas não é essa a função do estado..."
Talvez não seja...
Mas o estado pagará bem, pela utilização do espaço nos próximos anos.
Todos sabemos que a função do estado é:
(tentar) Fazer-nos pagar mais uma renda ao clã Silva.
21 milhões dá 2,10 a cada português...
Onde estão os meus dois euros...?
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