Quando era miúdo...
Lembro-me de passar os meus dias a jogar à bola, ao "apanha", às "escondidas", aos "canudos" ou a andar de bicicleta... Era uma existência regalada e recheada de aventuras...
Jogar à bola era complicado em Lisboa, na estrada não podíamos, mas o passeio era largo, as balizas iam de uma parede a uma qualquer frente de uma viatura que estivesse estacionada...
De vez enquando um vizinho mais ranhoso (E zeloso da sua viatura...), chamava a polícia que nos apreendia a bola, um dia fomos à esquadra do bairro, com os respectivos pais reaver um caixote cheeinho de bolas...
Lembro-me do João "peixeiro" numa marcação de penálti, (mais em força do que em jeito), estoirar o vidro espelhado da vizinha do Rés Chão...Fugimos todos, a surra ou o castigo ao chegar a casa numa situação destas era iminente...
O "apanha" era giro, mas originava chatices de toda a ordem, era necessário definir bem as regras...
Agarrar ou tocar? Se fosse agarrar os mais fortes soltavam-se, se fosse tocar não podia ser no mesmo, senão durante 5 minutos seria "chapada de meia noite" para decidir quem ficaria a apanhar...
Se fossem muitos a agarrar, poderia estabelecer-se a regra de soltar os apanhados, pelo toque ou passando por baixo das pernas (muito mais difícil, e com fortes possibilidades de ser apanhado...), mas aí via-se o heroísmo de cada um, ao tentar salvar os companheiros daquele cárcere fictício...
O heroísmo também estava presente nas escondidas com a regra do "último salva todos", onde se diferenciavam os "heróis"e os "ratos"...
Os heróis salvariam todos os descobertos nos seus esconderijos, recomeçando o jogo... O rato pura e simplesmente apareceria e deixaria o primeiro a ser apanhado à sua sorte de contar...
Os canudos feitos com tubo VD de passar fios eléctricos onde se soprava uma seta feita com páginas amarelas eram um sucesso e uma arma deveras "perigosa", mas que nunca matou ninguém... As batalhas eram ferozes e as munições acabavam rápido...
A bicicleta já era outra história... Na altura a moda era a BMX, eu tinha uma órbita, com poucos (nenhuns) travões e convencidíssimo que fazia o maior cross com o velocípede...Caía montes de vezes, andava sempre todo esmurrado...
O topo da tecnologia era o ZX Spectrum 48K, uma máquina de jogos que levava "cassetes" que faziam um barulhinho irritante e onde se digitava o termo load"" , para carregar um jogo...Que demorava eternidades!!!
Parece que foi há uma eternidade, há uma imensidão de anos, mas só passaram 20...
Jogar à bola era complicado em Lisboa, na estrada não podíamos, mas o passeio era largo, as balizas iam de uma parede a uma qualquer frente de uma viatura que estivesse estacionada...
De vez enquando um vizinho mais ranhoso (E zeloso da sua viatura...), chamava a polícia que nos apreendia a bola, um dia fomos à esquadra do bairro, com os respectivos pais reaver um caixote cheeinho de bolas...
Lembro-me do João "peixeiro" numa marcação de penálti, (mais em força do que em jeito), estoirar o vidro espelhado da vizinha do Rés Chão...Fugimos todos, a surra ou o castigo ao chegar a casa numa situação destas era iminente...
O "apanha" era giro, mas originava chatices de toda a ordem, era necessário definir bem as regras...
Agarrar ou tocar? Se fosse agarrar os mais fortes soltavam-se, se fosse tocar não podia ser no mesmo, senão durante 5 minutos seria "chapada de meia noite" para decidir quem ficaria a apanhar...
Se fossem muitos a agarrar, poderia estabelecer-se a regra de soltar os apanhados, pelo toque ou passando por baixo das pernas (muito mais difícil, e com fortes possibilidades de ser apanhado...), mas aí via-se o heroísmo de cada um, ao tentar salvar os companheiros daquele cárcere fictício...
O heroísmo também estava presente nas escondidas com a regra do "último salva todos", onde se diferenciavam os "heróis"e os "ratos"...
Os heróis salvariam todos os descobertos nos seus esconderijos, recomeçando o jogo... O rato pura e simplesmente apareceria e deixaria o primeiro a ser apanhado à sua sorte de contar...
Os canudos feitos com tubo VD de passar fios eléctricos onde se soprava uma seta feita com páginas amarelas eram um sucesso e uma arma deveras "perigosa", mas que nunca matou ninguém... As batalhas eram ferozes e as munições acabavam rápido...
A bicicleta já era outra história... Na altura a moda era a BMX, eu tinha uma órbita, com poucos (nenhuns) travões e convencidíssimo que fazia o maior cross com o velocípede...Caía montes de vezes, andava sempre todo esmurrado...
O topo da tecnologia era o ZX Spectrum 48K, uma máquina de jogos que levava "cassetes" que faziam um barulhinho irritante e onde se digitava o termo load"" , para carregar um jogo...Que demorava eternidades!!!
Parece que foi há uma eternidade, há uma imensidão de anos, mas só passaram 20...
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