Greves e 25 de Abril "PORDATA"


Muito se fala da crise económica, dos mercados e agências de rating... Mas o que ainda nenhum político explicou foi este gráfico da PORDATA...
Para aqueles que falam das virtudes do 25 de Abril, da liberdade, da fraternidade, da igualdade e da justiça, THINK AGAIN...
Este gráfico ilustra os salários minímos e máximos da função pública desde 1966 até 2009 e as conclusões são por demais óbvias...
Até 1981, altura em que os governos começaram a usufruir de alguma estabilidade política e social (Pós PREC) os salários mantiveram a sua relativa convergência, mas a estabilidade governativa, alcançada logo após a morte de Sá Carneiro (curioso, não!) e com Pinto Balsemão no poder, cedo deu os seus frutos e começa um período de divergência salarial na função pública... Que se acentua em 1986 (com a entrada de Portugal na ex-CEE, actual UE, com Mário Soares presidente e Cavaco Silva a 1º Ministro) e dispara em 1988 ( Quando Balsemão começou a frequentar as reuniões BILDERBERG!!!) quando se percebe a estabilidade política definitiva em Portugal, a partir daí a "coisa pública", cresce desmesuradamente e o "fosso social" também...
Sabendo que o salário mínimo serve de "tabela" para os privados, atinge em 2010 uns espantosos 475 euros (em 1988 rondaria os 150 euros), abrangendo grande parte da população que se viu impedida de ir trabalhar hoje devido à greve dos transportes...
Já o salário máximo na função pública, passou de cerca de 600 euros em 1988, para 3400 em 2009...
Portanto 21 anos consecutivos a perder poder de compra, "esborrachando" a classe média e a sua capacidade de investimento...
Desde 1988 até 2009 o salário mínimo na função pública cresceu 300 euros e o máximo 2800...
Nunca ouvi nenhum político referir estes dados, pelo simples facto de ser este o lastro deste regime e o que lhe confere a estabilidade possível para se manter no poder esta Democracia de cartão, de fantoche e propaganda... onde se fala de investimentos privados e economia...onde se atiram vivas a um 25 de Abril que não foi mais que um "assalto aos cofres", que um "assalto ao poder" e a implantação da escravatura que reina no século XXI...
Mas o estado é peremptório ao afirmar cortes na linha inferior, obrigando as pessoas a pagar mais IRS e brevemente IVA... Pessoas que todos os dias se levantam de madrugada para apanhar 3 ou 4 transportes para a escravidão e que nos dias de greve são inibidas de ser escravos por 475 euros no mundo do capital, do Mexia, dos Bancos, do Face Oculta e outros cambalachos mais...
Para todos os que são "vitimas da greve" o meu conselho é aproveitem o descanso, até porque desde 1988 há muitos a fazê-lo... Como Cavaco Silva, que bem prega Frei Tomás, ao falar da corrupção e dos prémios, quando foi durante o seu "reinado" dos milhões de subsídios que se criou a crise estrutural que temos hoje... E ainda queremos esta múmia para Presidente??? Com o devido respeito... "Vá se foder..."!!!
A raiz do problema foi o povo ter confiado e acreditado numa cambada, que com o pretexto revolucionário criou "um monstro" onde apoia toda a legitimidade deste regime caduco, ineficaz e insustentável...
Estaríamos pior se o salário mínimo fossem 1200 euros e o máximo 2500 na função pública????
Não estaríamos porque as pessoas teriam dinheiro para investir, para criar o seu negócio, para produzir e enriquecer a economia, mas este estado de compadres dá essa possibilidade apenas a alguns previligiados e como tal marchamos o corredor da morte rumo ao estado da Grécia...
Façam greves com força e em todos os sectores até o regime cair... Podre ele já está, mas sem lastro irá ao fundo!!!

P.S- Neste gráfico não estão incluídas as personalidades vampíricas, sugadoras de recursos de S.Bento ou Belém ao longo dos tempos, porque até esses temos que pagar...

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