Uma aventura... No banco!






A história é simples e começa com uma transferência inter bancária, num qualquer multibanco...

As duas primeiras tentativas, após a inserção de dados e a minha confirmação, o ecrã apaga-se e em seguida cospe o cartão...
Terceira tentativa, já noutro multibanco, ecrã alaranjado e um redondo "Não autorizado"...

Balcão da Caixa Geral de Depósitos, onde sou informado que o SIBS limitou as transferências multibanco a um máximo de 1000 euros, por motivos de segurança... (Nossa ou deles?)

Dirijo-me à caixa, explico a situação e o sistema informático dá erro...

A senhora dá me duas opções, deixar-lhe um papel de transferência assinado para ela "ir tentando" durante o dia, sem qualquer garantia que funcionasse... Ou levantar o dinheiro e ir depositá-lo no banco em causa!


Mas, se por razões de segurança o SIBS não me deixa transferir do meu multibanco, a CGD obriga-me a ir para a rua com a mesma quantia e que se lixe a segurança... Lancei eu em jeito de piada!


Pronto está decidido, quero levantar TODO o dinheiro desta conta à ordem... Disse eu!

Meu Deus, o que eu fui dizer...

Imediatamente foi detectado o erro...

Eu possuía informação em falta, o que não me permitia efectuar a dita transferência... Algo que nunca me tinha sido informado ao longo de 12 anos que tenho esta conta!

Fui reencaminhado para outra senhora que ficou com todos os meus documentos e os digitalizou para o banco de Portugal, juntamente com um pequeno impresso, com todos os meus dados e imagine-se actividade profissional... Só faltou mesmo perguntar, onde estava no 25 de Abril e qual seria o meu almoço!

Disse-lhe que: era inadmissível que o sistema me inquirisse para eu LEVANTAR O MEU PRÓPRIO DINHEIRO...De uma conta à ordem!

A transferência foi efectuada imediatamente após eu ter cedido todos os meus dados ao Banco de Portugal!

Safei-me dos Censos 2011, mas não fui tão lesto com o Banco de Portugal...

Este episódio mostra bem como os bancos funcionam e como o nosso dinheiro é vital para a sua sobrevivência...
O sistema quer saber onde estamos e o que fazemos, de onde vimos e para onde vamos, mas sobretudo onde pára o nosso dinheiro e o que fazemos com ele...

Talvez seja uma boa altura para começarmos a pensar onde pára o nosso dinheiro e o que faremos quando nos quiserem vedar o acesso aquilo que é nosso por confiarmos em supostas "instituições credíveis"...

Quando os multi bancos falharem e as portas do banco fecharem, quanto dinheiro terás tu para sobreviver!?

Pensem nisso...

Comentários

  1. O meu avô é que tinha razão Tiago. Ele costumava dizer " Eu? Dar o meu dinheiro para a casa de outros? Nem pensar, para isso fica aqui na minha!" Desconfio que ele o guardou debaixo do colchão durante muitos anos, até que o convencemos a abrir uma conta. Embora pelo sim, pelo não, depositasse apenas "algum", não fosse o diabo tece-las!

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  2. Sónia:

    Não há dia que passe que eu não me lembre das palavras da minha avó... Ela descrevia na perfeição o que temos hoje, condenou os subsídios da UE, o abandonar dos campos e os terríveis créditos... Um dia terão que pagar tudo, voltar à terra para fugir da guerra!

    Sadly...So true...

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  3. E mais triste ainda é, sem necessidade de bola de cristal, sabermos todos, tal como a avó do Tiago, onde isto vai dar. E nada fazer para impedir!

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  4. Sónia:

    O que podemos nós fazer para impedir?
    Podemos criar grupos isolados sem expressão, ou aglutinar o maior número possível de pessoas em torno de uma causa...
    Para mim a causa mais urgente é a não subscrição de Portugal ao MEE... E essa é do interesse de todos os Europeus!

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  5. O problema maior vai ser conseguir juntar o "maior numero de pessoas" em torno de uma só causa. Temos tendência em nos dispersar, alguns apenas reclamam, do reclamar ao fazer, vai uma grande distância....

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  6. Sónia:

    Temo que quando a maioria das pessoas perceba o que está a acontecer no mundo, seja tarde demais para o travar...

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  7. A maioria das pessoas, nem sequer se vai aperceber! Fazem aquilo que lhes mandam e ponto final. Eu sinceramente tenho as minhas dúvidas de que a esta altura já se consiga travar seja o que for.

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  8. combater esses novos "ditadores/dominadores" que não têm uma rosto ou uma nação é um processo complexo e as lutas tradicionais não me parecem ter qualquer impacto. É preciso arranjar armas ao mesmo nivel. Manifestações, greves, e outras formas de demonstrar o desagrado não têm efeito absolutamente nenhum no contexto internacional. A Luta agora teria que ter outros contornos, por exemplo se todos tirassemos o dinheiro dos bancos ou de forma concertada deixassemos de pagar os empréstimos ... ai sim, os senhores do mundo iriam lembrar-se que "deste lado" também somos seres humanos com capacidade para pensar.

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  9. Vanessa e Sónia:

    Felizmente somos muitos a acordar para o facto de que não necessitamos de estar constantemente a consumir para sermos felizes...
    Produzir por conta própria em pequena escala e off grid pode ser uma solução...:D

    Bem hajam

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